Solus Chirstus – Somente Cristo

Tema: Solus Chirstus – Somente Cristo

Autor: Ricardo Moreira

Local: 18ª Igreja Presbiteriana Renovada de Goiânia

Data: 08/10/2022

Texto chave: Atos 4:2

Atos dos Apóstolos 4:12 E não há salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não há outro nome entre os homens pelo qual devamos ser salvos.

1.     INTRODUÇÃO – BREVE CONTEXTO HISTÓRICO

Como nós sabemos, já foi dito aqui em outras oportunidades, a Reforma protestante procurou trazer a Igreja novamente à doutrina dos apóstolos.

Não se reforma algo que está bom, só se reforma algo que está ruim. E não se reforma para piorar, é sempre para melhorar.

A igreja estava repleta de erros e heresias, erros esses muitas vezes conscientes, e coniventes como o que se pretendia, a depender do papa que estava à frente da Igreja Católica.

Alguns esclarecimentos são necessários antes de entrarmos na mensagem desta noite, e são eles:

Primeiro –     O pensamento e o ideal da reforma não se iniciam com Lutero. Esse pensamento que identifica essas heresias na igreja, datam do século XI.

  • OS VALDENSES -Apareceram ao mesmo tempo, em 1170 com Pedro Valdo que lia, explicava e distribuía as escrituras, o que contrariava os costumes e doutrinas dos católicos romanos. Foram cruelmente perseguidos e expulsos da França.
  • OS ALBIGENSES – “Puritanos” opunham-se às doutrinas romanas do purgatório, à adoração de imagens e às pretensões sacerdotais. Conseguiram predominância no sul da França, mas em 1208 o papa mobilizou uma “cruzada” contra eles, e foram todos assassinados, tanto aos albigenses como a população católica da época.
  • JOHN WYCLIF – Iniciou um movimento na Inglaterra em favor da libertação do domínio do poder papal romano. Atacava os frades mendicantes e o sistema de monacato, recusava-se a reconhecer a autoridade do papa. Seu maior trabalho foi a tradução do Novo Testamento para o inglês, terminado em 1380. A pregação de Wyclif e sua tradução da Bíblia foram sem dúvida uma preparação para o caminho da Reforma.
  • JOHN HUSS – Foi um dos leitores de Wyclif e pregou as mesmas doutrinas, especialmente a de se libertarem da autoridade papal. Foi excomungado pela igreja católica, condenado como herege e queimado vivo em 1415.
  • JERÔNIMO SAVONAROLA– Foi um monge dominicano que pregava como um profeta antigo, contra os males sociais, eclesiásticos e políticos de seu tempo. Foi excomungado pelo papa, preso, enforcado e seu corpo foi queimado na praça de Florença, na Itália. Seu martírio deu-se em 1498, apenas dezenove anos antes que Lutero pregasse as teses na porta da catedral de Wittenberg.

Segundo –      A ato da afixação das 95 teses de Lutero, no dia 31 de outubro de 1517, foi escolhido como marco da Reforma.

Terceiro –      As cinco solas não foram elaboradas por Lutero, mas séculos depois, pelos reformadores que continuaram a resistir à igreja católica. A sistematização surgiu da necessidade de se contrapor ao movimento da contra reforma que surgiu dentro da igreja católica, por ocasião do Concilio de Trento[1].

Quarto –           Foi estudando a Bíblia que os primeiros reformadores perceberam o quão longe a Igreja estava afastada da verdade e a trouxe de volta à pureza de sua crença primitiva. É a importância dessas doutrinas, conhecidas por sua designação latina Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo Gloria que iremos abordar hoje.

Quinto –            Por último, é importante esclarecer que as cinco solas, são formulações doutrinárias que tratam apenas da soteriologia, ou seja, da forma da salvação. Então, não podemos esquecer que o grande tema por detrás das cinco solas é a salvação, e, portanto, cada formulação deve focar nos meios de salvação.

Nesta exposição bíblica vamos tratar especificamente do Sola Christus. Mas antes, vamos dar apenas uma breve passada no Sola Scriptura que foi falada no domingo anterior.

2.     SOLA SCRIPTURA – breve reminiscência
2.1.      Contexto histórico da igreja no século XVI

Cada artigo de fé das cinco solas, é, na verdade, uma resposta à igreja católica que tentou minar os esforços reformadores através do concilio de Trento. Sendo assim, cada artigo destes, não foram criados ao acaso, despretensiosamente, pelo contrário, foram elaborados minuciosamente a fim de responder aos ataques da igreja católica romana da época.

Não tem como entendermos cada sola destas, sem antes entendermos o contexto histórico de cada sola.

Na idade média, a Igreja Católica Romana também aceitava as Escrituras como Palavra de Deus, mas não só as Escrituras. Ela acredita que as decisões da Igreja através dos seus concílios e do Papa, quando fala oficialmente (ex cathedra) em matéria de fé e de moral, são igualmente a palavra de Deus, infalível. É o que se chama de Tradição da Igreja.

Além das encíclicas, das bulas papais terem o mesmo status da Palavra de Deus, a igreja católica também acreditava e ainda acredita na Infalibilidade do Papa. A infalibilidade sacramental da Igreja é preservada pelo seu principal instrumento de infalibilidade, o Papa.

Falando da infalibilidade da igreja, do Papa e dos Bispos, o Concílio Vaticano II diz:

“Esta infalibilidade, da qual quis o Divino Redentor estivesse sua Igreja dotada… é a infalibilidade de que goza o Romano Pontífice, o Chefe do Colégio dos Bispos, em virtude de seu cargo… A infalibilidade prometida à Igreja reside também no Corpo Episcopal, quando, como o Sucessor de Pedro, exerce o supremo magistério” (Livro: O primado pontífice. Autor: Pe. Manoel Santos. Editora: PucRS. Página 103)

Nos dias de Lutero a Igreja Romana já pensava assim e assim pensa até hoje. Na prática, a Tradição está acima da Bíblia para o catolicismo.

Desta feita, o somente as escrituras, veio combater o ensinamento de que existe revelação divina à parte das escrituras, o que é uma heresia.

Somente a bíblia é a revelação especial de Deus para a igreja cristã. No Antigo Testamento ainda existia revelação especial de outras formas, mas hoje, após ao primeiro advento de Cristo, conforme Hebreus 1:1, a revelação especial redentiva de Deus está adstrita à palavra de Deus.

Passemos ao somente Cristo.

3.     SOLUS CHRISTUS: “Somente Cristo”, ou a suficiência e exclusividade de Cristo
3.1.   Contexto histórico do século XVI

O Catolicismo Romano afastou-se do Evangelho e instituiu o culto a Maria em 431 (culto hiperdulia[2]), o culto às imagens em 787 (culto dulia[3]), e a canonização dos santos, em 933. Instituiu também a figura do sacerdote como vigário de Cristo, a quem devem ser confessados os pecados e a quem supostamente foi conferido poder para perdoá-los, mediante a prescrição de penitências.

O que o catolicismo ensina a respeito de Cristo não é diferente daquilo que professamos em nossos credos. A encarnação, nascimento virginal, divindade, morte vicária e ressurreição são cridos e ensinados.

O problema é que a Igreja Romana não crê na suficiência e exclusividade da obra de Cristo para a salvação. Maria é erigida à posição de intercessora e até co-redentora (não oficialmente, ainda) e os santos entram também com os méritos de sua intercessão para a obra salvífica dos homens.

Tal afirmação consta da constituição dogmática lumen gentium sobre a igreja, vejamos:

III. A VIRGEM SANTÍSSIMA E A IGREJA

O influxo salutar de Maria e a mediação de Cristo

60. O nosso mediador é só um, segundo a palavra do Apóstolo: «não há senão um Deus e um mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, que Se entregou a Si mesmo para redenção de todos (1 Tim. 2, 5-6). Mas a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; manifesta antes a sua eficácia. Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia; de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece.

Fonte:http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19641121_lumen-gentium_po.html

Certamente este não é o ensino da Bíblia. Vejamos o que a bíblia diz sobre o mediador de nossa salvação:

·        1Tm 2:5 Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, 1Tm 2:6 o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.

·        Atos dos Apóstolos 4:12 E não há salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não há outro nome entre os homens pelo qual devamos ser salvos.

·        João 14:6 – Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim

Não precisamos de intercessão de Maria ou dos santos, nem têm eles qualquer poder para tal. Quem disse “na casa de meu Pai há muitas moradas… vou preparar-vos lugar”, foi Jesus e não Maria (Jo 14:2). A obra de Cristo é suficiente para a nossa salvação.

3.2.      Resposta da Reforma: Solus Christus

·        Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.

·        Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.

Sabemos que a resposta dada pelos reformadores à tentativa de suprimir ou dirimir a suficiência de Cristo na obra redentora foi certeira e eficaz, pelo menos para aquele tempo.

Mas e hoje??? Como andam nossas defesas quando nos deparamos com heresias que tentam destruir um dos pilares da fé cristã que é a supremacia e suficiência de Cristo na salvação, o que temos feito???

Vejamos algumas heresias que surgem em nosso meio na igreja moderna.

3.3.      Salvação por obras meritórias

Na idade média, a ICR possuía uma série de sacramentos salvíficos, ou seja, a salvação não era somente pela fé em Cristo, a pessoa tinha que fazer diversas obras se quisesse ser salva.

·        IV. Os sacramentos da salvação

·        1129A Igreja afirma que, para os crentes, os sacramentos da Nova Aliança são necessários para a salvação. A «graça sacramental» é a graça do Espírito Santo dada por Cristo e própria de cada sacramento. O Espírito cura e transforma aqueles que O recebem, conformando-os com o Filho de Deus. O fruto da vida sacramental é que o Espírito de adopção deifique ” os fiéis, unindo-os vitalmente ao Filho único, o Salvador.

·        VI. A necessidade do Baptismo

·        1257A Igreja não conhece outro meio senão o Baptismo para garantir a entrada na bem-aventurança eterna. Por isso, tem cuidado em não negligenciar a missão que recebeu do Senhor de fazer «renascer da água e do Espírito» todos os que podem ser batizados. Deus ligou a salvação ao sacramento do Baptismo; mas Ele próprio não está prisioneiro dos seus sacramentos….

Para a ICR, os sacramentos, portanto, são representações da obra vicária de Cristo na cruz e da união espiritual do homem com Deus por meio de Jesus Cristo, e possuem poder salvífico.

Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação.”

Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 846

     A citação acima (também presente no Concílio Vaticano II) identifica a Igreja Católica como única portadora dos meios de salvação. Existiria salvação fora da Igreja Católica Apostólica Romana? Segundo o exposto acima, Não.

Infelizmente hoje em dia, muitas igrejas que dizem ser cristãs ensinam que você precisa fazer alguma coisa para ser salvo. Precisa praticar obras para alcançar a salvação. Estão no mesmo erro da ICR da idade média. 

3.4.      Antropocentrismo

Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se desses também.

São esses os que se introduzem pelas casas e conquistam mulheres instáveis sobrecarregadas de pecados, as quais se deixam levar por toda espécie de desejos. Elas estão sempre aprendendo, e jamais conseguem chegar ao conhecimento da verdade. Como Janes e Jambres se opuseram a Moisés, esses também resistem à verdade. A mente deles é depravada; são reprovados na fé. Não irão longe, porém; como no caso daqueles, a sua insensatez se tornará evidente a todos. (2 Timóteo 3.1-9)

O traço fundamental desses não cristãos (antropocêntricos), quer estejamos falando sobre a doutrina ou caráter deles, é que eles são “amantes de si mesmos” “amantes dos prazeres”, e não “amantes de Deus” (NIV). Isso é similar ao que queremos dizer quando afirmamos que a doutrina e ética cristã são centradas em Deus, enquanto a doutrina e ética não cristã são centradas no homem. Chamamos uma de pensamento teocêntrico, e a outra de pensamento antropocêntrico. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão. Vivemos hoje uma verdadeira onda antropocêntrica, onde os cultos são preparados para agradar os ouvintes.

“O lema hoje não é somente Cristo, é somente o homem.”

Outros movimentos evangélicos cultuam os pastores. Há um excesso de vaidade entre os pastores de hoje, que estão sempre à procura de novos títulos.

3.5.      Partidarismo denominacional – Quem é o seu Jesus Cristo?

A comunidade de Corinto continha, distintas e conflitantes, quatro igrejinhas sectárias: a de Paulo, a de Cefas, a de Apolo, a de Cristo; uma gentílica, uma judaica, uma grega e uma supostamente cristã, em nada melhor e mais correta que as outras. Todas se supunham firmarem-se numa figura autoritativa, o que lhes dava a convicção de serem, cada uma, autênticas.

As denominações podem ser, e muitas são, benéficas, sem quebrarem a unidade universal da Igreja, se não pretenderem que suas doutrinas denominacionais sejam universais e únicas.

Não podemos e não devemos confundir a Cristocentricidade da Igreja com a Cristolatria sectária de muitas seitas, cada uma apregoando uma divindade denominacional, opondo-a ao de outros grupos, procurando demonstrar que o “Cristo vivo e verdadeiro”, atual e milagreiro, é o que pregam, o que criou a “igreja” da qual seus fiéis são membros.

O grande e insuperável problema do protestantismo moderno são suas inumeráveis e divergentes facções e os inúmeros “Cristos” que cada uma prega, sem que haja identidade com o Cristo das escrituras.

Cada igreja cria seus próprios “Cristos”, cada qual focada nos atributos que mais lhes atraem.

·        Tem o “Cristo” que só expulsa demônios

·        Tem o “Cristo” que te prospera

·        Tem o “Cristo” que morreu na cruz para você ser um vitorioso

·        Tem o “Cristo” da revelação…

·        Cada uma fala de Cristo a partir de seus desejos e gostos.

·        Tem uma Cristo para cada um. Tem o Cristo Amoroso; Tem o Cristo mestre, que nos ensina; tem o Cristo da justiça social;

·        Não que estes aspectos de Cristo estejam errados, mas são todos aspectos, ou atributos de Jesus Cristo; é apenas uma visão parcial de Cristo

·        Quando eu me apego somente à um ou alguns dos aspectos/atributos de Cristo, você não crê no Cristo verdadeiro, você fatiou, Cristo. Ou você crê em num Cristo total, ou você não está crendo em Cristo.

Cristo é amor

Mas é modelo também

1 Pedro 2:21 (2:21) Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas,

Cristo é amor

Mas é disciplinador também

Hebreus 12:6 Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho.

Cristo é amor

Mas se você não pegar sua cruz, não é digno Dele (Mt. 10:38)

Cristo é amor

Mas ele veio trazer a espada e não a paz Mt. 10:34: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada”

Cristo é amor

Mas é juiz também 2 Coríntios 5:10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.”

“O problema dos homens é que Deus nos criou à sua imagem e semelhança, e infelizmente nós retribuímos o favor, criando Deus à nossa imagem e semelhança”. (Heber Campos)

Fiquemos com as advertências de Cristo:

“Então se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo ali! não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” ( Mt 24.23,24 ).

Micróbios, vírus e bactérias não matam à distância, não agem contra o corpo fora dele: agem quando penetram o organismo, infectando-o e até o levando a óbito. A Igreja está doente, agonizando, moribunda, por infecção interna causada pelas múltiplas contaminações das variadas heresias do neopentecostalismo e do espiritualismo transvestido de evangélico.

3.6.      Aplicação do “solus Chritus” para a igreja moderna

Obviamente não faz nenhum sentido falarmos do “Solus Christus” hoje, mencionado as heresias da igreja medieval, ou o culto a Maria ou as imagens. Ninguém aqui vai assumir que crê na Virgem Maria como medianeira da salvação, ou na cooperação dos santos no processo da salvação.

Mas sem dúvidas, ainda hoje, na igreja moderna, passados mais de 500 anos, ainda temos muitos dentro da igreja cristã que não crê da suficiência de Cristo para a salvação.

A igreja brasileira, principalmente no meio neopentecostal, estão sempre inventando uma nova moda, surfando uma nova onda, tentando encontrar meios de ajudar a obra consumada de Cristo.

À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, aliás perda não, mas inversão de valores dentro da própria igreja.

         a substituição da santidade pela integridade,

         do arrependimento pela recuperação,

         da verdade pela intuição,

         da fé pelo sentimento (emoção),

         da providência pelo acaso,

         da esperança vindoura pela gratificação imediata.

Muitos são os problemas dentro na igreja moderna brasileira que afrontam diretamente essa cláusula de fé “somente Cristo”.

Por isso a reforma é tão atual para nós hoje, quanto era para a igreja do século XVI.

Não podemos nunca baixar a guarda e pensarmos que estamos livres dessas heresias, pois elas estão dentro de nossas igrejas, sendo ensinadas nos púlpitos, na internet, nas escolas.

Somente Cristo é nosso mediador, e tudo que afrontar essa verdade absoluta de nossa fé crista deve merecer nosso combate vigoroso. E quando falamos de somente Cristo, não falamos de Cristo e mais alguma coisa, mas somente Cristo.

Em colossenses 2:8-9 Paulo diz:

8. Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; 9 porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade

Em João Jesus Cristo se revela a nós como sendo Deus do próprio Deus:

João 14.6–9

“6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. “7 Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto. “8 Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. “9 Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?”  (João 14.6–9, RA)

Depois desta passagem Felipe fcou conhecido como aquele apostolo que andou com Jesus, mas nao conheceu Jesus.

Muitos hoje em dia tambem sao   como Felipe, andam com Jesus, falam de Jesus, professam ser discipulos de Jesus, mas nao conhecem Jesus, nao reconhecem a deidade em Jesus Cristo 

 


[1] 1545 – 1563 – Concílio da contra reforma

[2] Hiperdulia: grego: hyper, acima de; douleuo, honra) ou acima do culto de honra, sem atingir o culto de adoração

[3] (grego: “douleuo”) quer dizer honra, venerar


[1] 1545 – 1563 – Concílio da contra reform